sábado, 18 de janeiro de 2020

Tem novidade em Paraipaba



O Advogado e Empresário, Dr. Brito, na foto com o Secretário de Desenvolvimento Agrário do Governo do Estado, De Assis, participa do Movimento

Uma nova força discreta e poderosa tem se movido pelo território de Paraipaba-CE. A novidade pode ser percebida emergindo em pelo menos duas frentes complementares de reflexão. Por um lado, os produtores locais de riquezas (agricultores, artistas, artesãos, comerciantes, pescadores, intelectuais, sindicalistas, professores, organizações da sociedade civil e jovens) lançam um Movimento pelo desenvolvimento sustentável do Município. Eles questionam o abandono das cadeias produtivas tradicionais de Paraipaba (pesca, agricultura, artesanato, produção cultural, etc) que pode ser percebida principalmente pelo descaso do poder público em relação ao perímetro irrigado. E por outro lado, o Movimento questiona a responsabilidade social dos grandes empreendimentos turísticos e imobiliários que chegam a Paraipaba, se instalam e não dialogam adequadamente com o conjunto da sociedade. São grandes iniciativas privadas como os negócios de Luciano Cavalcante, o Hard Rock Hotel e vários outros empreendimentos no campo do turismo e imobiliário.

A administradora Ana Cristina Souza, da Rede de Economia Criativa do Estado do Ceará colabora com o Movimento

Na base da argumentação do Movimento pelo Desenvolvimento Sustentável de Paraipaba está a necessidade de aproximar a realidade de grandes investimentos turísticos com a escassez de atenção e apoio que tem condenado as cadeias produtivas tradicionais ao abandono e ao descaso dos poderes públicos.

Produtores do perímetro irrigado fortalecem o Movimento

O Movimento argumenta que deve ser discutido com os grandes empreendimentos turísticos, ações de Responsabilidade Social Empresarial que protejam o meio ambiente e fortaleçam a cultura local, além da integração de cadeias produtivas tradicionais como a agricultura (produção de coco e frutas, por exemplo), o artesanato, pesca e a cultura, ao sistema produtivo e de consumo desses grandes empreendimentos. Por exemplo: Quanto de coco produzido no perímetro será consumido pelo Hard Rock Hotel? Os artistas terão acesso aos hospedes desse hotel para apresentar e fazer circular a sua produção? E os artesãos terão os seus produtos vendidos para estes turistas? A pesca local será beneficiada como?

Dedé Pacheco mobiliza a Cultura na defesa da sustentabilidade
O Movimento pelo Desenvolvimento Sustentável de Paraipaba argumenta que essas questões devem constar de um planejamento estratégico que envolva os agentes produtivos locais, o poder público e os grandes empreendimentos. E que esta questão não pode ser conduzida de forma individual pelo poder público ou pelos grandes empresários. Todos devem ser chamados a participar e opinar.


O Historiador e doutorando em educação, professor Joatan Freitas, na foto ao lado do cantor Fagner, é um dos intelectuais que apoiam o Movimento pelo Desenvolvimento Sustentável de Paraipaba
O Movimento realizará um Seminário para discutir o Desenvolvimento Sustentável de Paraipaba. O evento acontecerá no dia 17 de fevereiro de 2020, como mais uma iniciativa voltada para ampliar a consciência social e mobilizar os produtores locais em torno da sustentabilidade e do desenvolvimento territorial.


Quem trabalha pelo desenvolvimento de Paraipaba e deseja um município cada vez melhor terá a oportunidade de conhecer e se engajar com essa nova força social de transformação que emerge da sociedade local e deve repercutir pelo Ceará nos próximos meses e anos. Parabéns Paraipaba!



W. Del Campo.

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