sábado, 14 de novembro de 2015

Noturno Girassol

Ela vestia preto, e falava muito como de costume. Mas, nessa noite trazia algo de mais doce do que o seu próprio beijo. E novamente voltamos às ruas semi-vazias e passeamos a 30 por hora na beira-mar. A trilha sonora ficou por sua conta; e o carro deslizava seduzido pela atmosfera interna e pela cidade que passava lentamente pela janela. Também fomos a um charmoso e underground bar do subúrbio, e fizemos fumaça sob o luar. Preenchemos com poesia e prazer mais uma das nossas muitas noites em comum. E havia algo de novo naquele jogo de sombra e luz. Era como se a noite se jogasse dengosa sobre as luzes amareladas da cidade. E nós nos afetávamos sob o girassol noturno que brotou daquele encontro entre a metrópole, a poesia, e nós. 


DJ de S.

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