Ela vestia preto, e falava muito como de costume. Mas, nessa noite
trazia algo de mais doce do que o seu próprio beijo. E novamente
voltamos às ruas semi-vazias e passeamos a 30 por hora na beira-mar. A
trilha sonora ficou por sua conta; e o carro deslizava seduzido pela
atmosfera interna e pela cidade que passava lentamente pela janela.
Também fomos a um charmoso e underground bar do subúrbio, e fizemos
fumaça sob o luar. Preenchemos com poesia e prazer mais uma das nossas
muitas noites em comum. E havia algo de novo naquele jogo de sombra e
luz. Era como se a noite se jogasse dengosa sobre as luzes amareladas da
cidade. E nós nos afetávamos sob o girassol noturno que brotou daquele
encontro entre a metrópole, a poesia, e nós.
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