Inquietação e desconforto lhe
sacudiam a alma naquelas horas pesadas. Uma angústia dessas que invadem
os limites da zona segura dos pensamentos certeiros. Nunca temera um
front. E continuava assim. Mas o tempo se apoia no vento quente que
arremessa as folhas para o lado oposto da árvore da vida. Tão limpo o
chão e a mente neste terreiro de festas, celebrações e batalhas. Prédios
se erguem de encontro ao céu e o arranham sob o olhar atento do poeta.
E no final, a chave de tudo se encontra no cofre do espírito cansado
que se levanta mesmo assim. Tão bonita a sua história para que a negue,
ela lhe diz. Não percebe que a história está longe do fim. E
reinventar-se não significa negar a sua história ou a si. E o quanto já
tem de si na cidade e da cidade em si? Se pergunta do alto do quinto
andar de um antigo edifício do centro abandonado da cidade calada,
deserta, contida, desperta e ciente do seu imprevisível e constante
devir.
DJ de S.
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