domingo, 10 de novembro de 2019

Só pra lembrar de quem é a culpa! Ou, eleições chegando, os politicos se desesperam


Com a aproximação do ano eleitoral (2020), quando será escolhido o novo prefeito de Fortaleza e os novos e (se) reeleitos vereadores da capital, a Prefeitura, através dos seus cabos eleitorais, vai correr para tentar realizar a reforma do Polo de Lazer do Conjunto Ceará que ela mesma abandonou e negligenciou por quase 18 meses, desde que foi assinada a ordem de serviço da obra. A questão é que, tanto o órgão municipal como os políticos que atuam na região, precisam da praça pronta para poder inaugurar e tentar ganhar votos com isso.

O problema é que, eles deixaram tudo atrasar porque se negaram a providenciar o cadastro dos empreendedores, emitir um documento assegurando o seu retorno e realocar todos em um outro local enquanto a obra estivesse acontecendo. Agora, desesperados com os prazos para inaugurações do ano que vem, correm para tentar reiniciar  a reforma do Polo. Mas, para que isso aconteça terão que apresentar uma solução que assegure a realocação e o retorno depois da obra, para todos os empreendedores que atuam no Polo de Lazer do Conjunto Ceará.

Mas, tentar jogar a culpa do seu descaso nos empreendedores e na comunidade não será aceito, e nem tentar tirar os empreendedores do polo sem assegurar um lugar adequado para que eles continuem trabalhando, além de providenciar um documento oficial do Poder Público garantindo que terão os seus locais de trabalhos de volta após a reforma.

Outras questões importantes que têm que ser respondidas pelo governo do Estado e Prefeitura:

  1. Onde está e o projeto e planta da obra?
  2. Qual a quantidade exata de quiosques que o governo vai construir?
  3. Qual o tamanho dos novos quiosques que serão construidos? 
  4. O que realmente vai ser feito nessa obra?
  5. Será feito um anfiteatro na antiga pista de skate com uma concha acústica? 
  6. Com o polo reformado, a prefeitura vai querer continuar cobrando taxas dos empreendedores, de quanto será essas taxas, ela vai emitir alvará de funcionamento?
  7. Qual o prazo de inicio e fim da obra?
  8. Como ficará a gestão dos novos espaços a serem construidos (ficará com a comunidade ou vão tentar entregar para os políticos)?
  9. Quais políticas públicas serão implementadas no polo reformado, para as juventudes, para a cultura e para os empreendedores? 
Essas são algumas das perguntas que estão sem resposta nessa obra que tentam realizar sem dialogar diretamente com a comunidade, tentando empurrar políticos como representantes forçados do bairro.

Independente de qualquer coisa, é importante que fique claro que não aceitamos que os governos estadual e municipal tentem empurrar a sua responsabilidade para a comunidade, ou fazer a obra sem responder a essas questões e assegurar os direitos e demandas dos empreendedores, juventudes, coletivos e movimentos sociais que atuam no Polo de Lazer. 

A obra no Polo de Lazer não pode ser apenas uma construção de cimento e tijolos, mas, deve ser antes de qualquer coisa, uma obra social que responda aos problemas de segurança e falta de oportunidades para a juventude local, tem que ser discutida com o conjunto da comunidade para que signifique um novo momento, não só de vendas, votos ou desenvolvimento econômico, mas que signifique também um novo compromisso do poder público para com o desenvolvimento sustentável do Conjunto Ceará.

A culpa do caos instalado é da Prefeitura e Governo estadual, a solução adequada do problema é também responsabilidade deles.


Movimento S.O.S. Conjunto Ceará

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