terça-feira, 20 de outubro de 2015

Aqueles tempos





Aqueles eram tempos de ferro. Eram dias duros e horas enferrujadas. Por várias vezes tremi. Tive que olhar bem fundo, na direção do núcleo do que eu sou; e bem pra lá do que me tornei. Senti falta de mim em vários frontes. Tive que me resgatar da calmaria em que havia me refugiado. E me lancei de volta aos perigos que sempre estiveram ali ornamentando a minha jornada. Esqueci-me do que mais me lembrava a todo instante, de que eu, cansado de guerra, queria mesmo era desertar. Precisou o poeta me lembrar numa trova, de que eu, ainda muito jovem, havia lhe dito que a vida é guerra, da qual, não lhe é permitido desertar. Contou-me, entre um vício e outro, o viajante do tempo, que, jurava que me havia visto triunfar.

DJ de S.

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